domingo, fevereiro 21, 2010

25285

Não quero noite calma nem serena
Tampouco um turbilhão que ora me dane,
Se o coração se mostra em fria pane
Verdade muitas vezes envenena,

Enquanto a realidade me apequena
Não quero que o pomar dos sonhos grane
Sabendo do final que desengane
Esqueço desde sempre a torpe cena.

E creio ser plausível ter na fé
Uma saída a mais, e a preferida
Tocando devagar, barco da vida,

Ancoradouros; sei e até de cor,
Na mesa da esperança, pão, café
Só quero do mais caro e do melhor.