domingo, fevereiro 21, 2010

25295

Não rias deste pobre peregrino
Que segue em descaminhos mais atrozes,
Ouvindo do passado mansas vozes,
Agora sem ter rumo, desatino,

Nas ânsias ancestrais deste menino,
Os dias sem amor, cruéis algozes,
Os rios se perdendo, buscam fozes,
Enquanto sem ter paz, já me alucino.

Houvesse qualquer luz no fim da estrada,
Quem sabe poderia na alvorada
Rever os meus conceitos, ser feliz,

Porém no simples fato de ser só,
Retorno num momento ao mesmo pó
Levando desta vida, cicatriz.