domingo, fevereiro 21, 2010

25297

Na pálida esperança que me toca,
Ainda resta um pouco do que fora
Paisagem tão feliz e redentora
E agora em outras sebes se desloca,

Qual presa que se esconde em simples toca
À espera de uma sorte salvadora,
Minha alma tantas vezes sofredora
Aos poucos sem defesas se sufoca.

E tudo o que pensara ser melhor,
Estrada percorrida e já de cor
Medonhos espinheiros; coleciona

E o quanto se transforma neste nada
A sorte à qual pensara destinada
Esconde-se e o vazio vem à tona.