DO SOCIALISMO DE RESULTADOS
Uma coisa necessita ser analisada neste período pré-eleitoral.
Temos um grande vencedor se consolidando a cada dia, e um grande derrotado, se não for feito algo com urgência.
Paradoxalmente os dois sempre andaram juntos e, durante um bom tempo se confundiam de forma quase que monocromática.
O vencedor, Lula, a cada dia se apercebe disso e busca para ter as condições mínimas para governar, o apoio em outras siglas que não somente o PT, esse sim, o provável derrotado nessa eleição.
O PT paga o preço por seus erros contínuos, desde o início das denúncias contra o caixa 2, atabalhoadamente feito.
A mea culpa e a prometida limpeza ética, ficaram a meio caminho; a partir do momento em que, todos nós sabemos que não houve mensalão e sim um caixa dois; mas, com a falta de combatividade e reação mais sólida do partido, para a população, com a ajuda da Mídia, restou a certeza da existência da corrupção.
A mentirosa afirmativa de que “estávamos frente ao maior esquema de corrupção da história” foi a “verdade” que se solidificou para a opinião pública.
Lula saiu dessa crise praticamente ileso, mas o PT não. Esse ficou com a marca da corrupção nas costas e, como a virgem que é pega em flagrante se torna mais visada que a prostituta usual, ao PT restou esse estigma.
Erros de estratégia a parte, temos um caminho longo a percorrer até a recuperação da sigla ou, pelo menos que a surpresa provocada associada à ira dos outros partidos e grupos, seja dirimida.
Pois bem, com tal fato esclarecido, temos um grande problema pela frente: Lula está agindo, e só lhe resta agir assim, com total independência em relação ao Partido.
Hoje ele é muito mais representativo que o PT e disso não tenhamos dúvida.
Não só Lula se apercebeu disso, mas o PMDB e setores mais progressistas do PSDB também, e sabem tanto quanto o Presidente, que para manter a governabilidade pelos quatro anos que virão, deverá haver, pelo menos informalmente, uma aliança em torno de um projeto.
A aproximação entre Lula e Serra, Quércia, Aécio e outros líderes oposicionistas deve ser vista com os olhos de quem se apercebe da sabedoria desta decisão.
O afastamento de FHC e Aécio e Serra, e do PFL do PSDB é sintomaticamente uma alusão a esta verdade que se apresenta límpida e clara.
Não podemos e nem temos cacife para julgar qualquer ato de Lula neste instante, já que por nossa culpa, definharemos nas próximas eleições; mas, sobreviveremos.
Nosso restabelecimento moral e ético depende somente de nossas atitudes de agora para frente.
O SOCIALISMO necessita dessas alianças para continuar a ser instituído no Brasil e para isso, necessitamos dessa espécie de “Socialismo de resultados”.
Nesse país de instabilidade partidária, e de falta de clareza com relação aos ideais de cada partido e mesmo falta de coerência, podemos imaginar, nesse período, numa possibilidade de amadurecimento partidário.
A formação de blocos entre os partidos, com um grupo socialista típico, formado pelo PSOL e setores mais à esquerda de alguns partidos, outro grupo desse “socialismo de resultados” e um terceiro grupo formado pelo PFL e congêneres, nos dá a nítida impressão de que o país estará amadurecendo.
Ao PT, caberá um papel importante, mas não fundamental nesse novo mandato de Lula, cuja base aliada deverá ser ampliada dentro de uma linha mais ideológica do que com os PLs, PTBs, PPs e “aparentados”.
Com a minimização do poder de FHC e de outros dentro do PSDB, este também deverá se afastar do PFL e, talvez no que pensávamos ser impossível, se aproximar cada vez mais do PT e do grupo socialista do PMDB.
Esse quadro é o que pressinto; posso me enganar, mas creio que esta nova realidade partidária do país trará muitas surpresas.
O que sei é que Lula se aproxima, e não lhe resta outra alternativa, dos grupos mais afinados com o PT, dentro do PMDB e do PSDB.
Quem viver, verá!
Temos um grande vencedor se consolidando a cada dia, e um grande derrotado, se não for feito algo com urgência.
Paradoxalmente os dois sempre andaram juntos e, durante um bom tempo se confundiam de forma quase que monocromática.
O vencedor, Lula, a cada dia se apercebe disso e busca para ter as condições mínimas para governar, o apoio em outras siglas que não somente o PT, esse sim, o provável derrotado nessa eleição.
O PT paga o preço por seus erros contínuos, desde o início das denúncias contra o caixa 2, atabalhoadamente feito.
A mea culpa e a prometida limpeza ética, ficaram a meio caminho; a partir do momento em que, todos nós sabemos que não houve mensalão e sim um caixa dois; mas, com a falta de combatividade e reação mais sólida do partido, para a população, com a ajuda da Mídia, restou a certeza da existência da corrupção.
A mentirosa afirmativa de que “estávamos frente ao maior esquema de corrupção da história” foi a “verdade” que se solidificou para a opinião pública.
Lula saiu dessa crise praticamente ileso, mas o PT não. Esse ficou com a marca da corrupção nas costas e, como a virgem que é pega em flagrante se torna mais visada que a prostituta usual, ao PT restou esse estigma.
Erros de estratégia a parte, temos um caminho longo a percorrer até a recuperação da sigla ou, pelo menos que a surpresa provocada associada à ira dos outros partidos e grupos, seja dirimida.
Pois bem, com tal fato esclarecido, temos um grande problema pela frente: Lula está agindo, e só lhe resta agir assim, com total independência em relação ao Partido.
Hoje ele é muito mais representativo que o PT e disso não tenhamos dúvida.
Não só Lula se apercebeu disso, mas o PMDB e setores mais progressistas do PSDB também, e sabem tanto quanto o Presidente, que para manter a governabilidade pelos quatro anos que virão, deverá haver, pelo menos informalmente, uma aliança em torno de um projeto.
A aproximação entre Lula e Serra, Quércia, Aécio e outros líderes oposicionistas deve ser vista com os olhos de quem se apercebe da sabedoria desta decisão.
O afastamento de FHC e Aécio e Serra, e do PFL do PSDB é sintomaticamente uma alusão a esta verdade que se apresenta límpida e clara.
Não podemos e nem temos cacife para julgar qualquer ato de Lula neste instante, já que por nossa culpa, definharemos nas próximas eleições; mas, sobreviveremos.
Nosso restabelecimento moral e ético depende somente de nossas atitudes de agora para frente.
O SOCIALISMO necessita dessas alianças para continuar a ser instituído no Brasil e para isso, necessitamos dessa espécie de “Socialismo de resultados”.
Nesse país de instabilidade partidária, e de falta de clareza com relação aos ideais de cada partido e mesmo falta de coerência, podemos imaginar, nesse período, numa possibilidade de amadurecimento partidário.
A formação de blocos entre os partidos, com um grupo socialista típico, formado pelo PSOL e setores mais à esquerda de alguns partidos, outro grupo desse “socialismo de resultados” e um terceiro grupo formado pelo PFL e congêneres, nos dá a nítida impressão de que o país estará amadurecendo.
Ao PT, caberá um papel importante, mas não fundamental nesse novo mandato de Lula, cuja base aliada deverá ser ampliada dentro de uma linha mais ideológica do que com os PLs, PTBs, PPs e “aparentados”.
Com a minimização do poder de FHC e de outros dentro do PSDB, este também deverá se afastar do PFL e, talvez no que pensávamos ser impossível, se aproximar cada vez mais do PT e do grupo socialista do PMDB.
Esse quadro é o que pressinto; posso me enganar, mas creio que esta nova realidade partidária do país trará muitas surpresas.
O que sei é que Lula se aproxima, e não lhe resta outra alternativa, dos grupos mais afinados com o PT, dentro do PMDB e do PSDB.
Quem viver, verá!
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