DAS TERRAS MAL DIVIDIDAS
Seu moço me dê licença
Preu contar pras excelença
Um pouco dessa vivença
Que com muita experiença
Acumulei nessa vida
Vida ao sol bem mais curtida
Dessas hora bem vivida
Das ida e das despedida.
Aprendi com o roçado
Que mesmo sem ter pecado
A mão de Deus num perdoa
Quem num sabe curtivá
As hora toda que passo
Nessa terra a acariciar
Me serve como o compasso,
Me dando a lição mais boa
Das que pude perceber
Que num basta sabê lê
É percizo aprender a amar
O suó das minhas mão
O calo vem por herança
O valor de um coração
Só o amor como lembrança
A firmeza da esperança
E um poquim de gratidão
Satisfais bem mais ao home.
Das coisa que a terra come
Das vida que ela consome
Nois vamo ser seu adubo
Os pobres, os rico, tudo
Num vamo passar sem isso
Mesmo com os compromisso
Quitados ou por quitar
A vida tem seus pedágio
Que nois tudo vão pagar
Mesmo os cabra dos mais ágil
Disso num póde escapar.
Apois bem seje modesto
Que no final nem o resto
Das empáfia mais medonha
Nem das maldade que sonha,
O mais rico coroné.
Nada disso dá certeza
Da colheita da tristeza
Prantada , pur safadeza
Nesse mundo de meu Deus.
Nem os cristão nem ateus
Podem saber do dispois
Antonce vem, ora pois
O caminho percorrido
Deve de ser dividido
Pulos home que trabáia
Nois num suporta a cangáia
Num semo burro de báia.
Per favô, num atrapáia
Os cabra trabaiadô
Dê um trocico de chão
Se pegá desses ladrão
Sobra terra e dessas boa
Que é pau de fazê canoa
Que dá pru sujeito vivê
E criá us seus fiínho
Cum tanto amô e carinho
Tal e quar Cristo mandô
Apois repare sinhô
Que nois tudo é brasilero
Fío do mesmo pulêro
Adonde o galo cantô .
Hora premera da vida
Da nossa vida sufrida
Feita de munta corage
De sangue dos inocente
Arrepare nossa gente
No meio das paisage
Bataiando só a só
Nois num perciza de dó
Nem qué sua proteção
Isso nois num qué mais não
Nois perciza é de justiça
Nois num quer mais sê carniça
Prus hôme pudê jantá
Na fome descomuná
Dos abutre mais faminto
que véve nas capitár
sugando o sangue sem cor
dos home branco e retinto
que vevem nesse recinto
pra móde nus exprorá.
Trabaiamo a vida entera
Sem ter medo das porquera
Que, por medo ou por bestera
Os home que fais jorná
Tenta fazê de nois tudo,
Pior que os marginá.
Repare bem seu dotô
Apois quem sempe exprorô
Os pobre dos lavradô,
Róba de todos sem pena,
E dispois lá vem a pena
Desses home das nutiça,
Dizeno que as puliça
Divia nos martratá,
Que Deus perdoe esses cabra
Que as cabeça deles abra
Pru mode compreendê
Qui nois num semo bandido
Que nois só fumo banido,
Sem dereito a recramá,
Que nois ta quereno tê
É sumentes pra vivê
Um tiquinho dessa terra,
A terra adonde se encerra
Nosso peito varonil
Do nosso amado Brasil!
Preu contar pras excelença
Um pouco dessa vivença
Que com muita experiença
Acumulei nessa vida
Vida ao sol bem mais curtida
Dessas hora bem vivida
Das ida e das despedida.
Aprendi com o roçado
Que mesmo sem ter pecado
A mão de Deus num perdoa
Quem num sabe curtivá
As hora toda que passo
Nessa terra a acariciar
Me serve como o compasso,
Me dando a lição mais boa
Das que pude perceber
Que num basta sabê lê
É percizo aprender a amar
O suó das minhas mão
O calo vem por herança
O valor de um coração
Só o amor como lembrança
A firmeza da esperança
E um poquim de gratidão
Satisfais bem mais ao home.
Das coisa que a terra come
Das vida que ela consome
Nois vamo ser seu adubo
Os pobres, os rico, tudo
Num vamo passar sem isso
Mesmo com os compromisso
Quitados ou por quitar
A vida tem seus pedágio
Que nois tudo vão pagar
Mesmo os cabra dos mais ágil
Disso num póde escapar.
Apois bem seje modesto
Que no final nem o resto
Das empáfia mais medonha
Nem das maldade que sonha,
O mais rico coroné.
Nada disso dá certeza
Da colheita da tristeza
Prantada , pur safadeza
Nesse mundo de meu Deus.
Nem os cristão nem ateus
Podem saber do dispois
Antonce vem, ora pois
O caminho percorrido
Deve de ser dividido
Pulos home que trabáia
Nois num suporta a cangáia
Num semo burro de báia.
Per favô, num atrapáia
Os cabra trabaiadô
Dê um trocico de chão
Se pegá desses ladrão
Sobra terra e dessas boa
Que é pau de fazê canoa
Que dá pru sujeito vivê
E criá us seus fiínho
Cum tanto amô e carinho
Tal e quar Cristo mandô
Apois repare sinhô
Que nois tudo é brasilero
Fío do mesmo pulêro
Adonde o galo cantô .
Hora premera da vida
Da nossa vida sufrida
Feita de munta corage
De sangue dos inocente
Arrepare nossa gente
No meio das paisage
Bataiando só a só
Nois num perciza de dó
Nem qué sua proteção
Isso nois num qué mais não
Nois perciza é de justiça
Nois num quer mais sê carniça
Prus hôme pudê jantá
Na fome descomuná
Dos abutre mais faminto
que véve nas capitár
sugando o sangue sem cor
dos home branco e retinto
que vevem nesse recinto
pra móde nus exprorá.
Trabaiamo a vida entera
Sem ter medo das porquera
Que, por medo ou por bestera
Os home que fais jorná
Tenta fazê de nois tudo,
Pior que os marginá.
Repare bem seu dotô
Apois quem sempe exprorô
Os pobre dos lavradô,
Róba de todos sem pena,
E dispois lá vem a pena
Desses home das nutiça,
Dizeno que as puliça
Divia nos martratá,
Que Deus perdoe esses cabra
Que as cabeça deles abra
Pru mode compreendê
Qui nois num semo bandido
Que nois só fumo banido,
Sem dereito a recramá,
Que nois ta quereno tê
É sumentes pra vivê
Um tiquinho dessa terra,
A terra adonde se encerra
Nosso peito varonil
Do nosso amado Brasil!
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