O SERTANEJO DA ESPERANÇA OU A ESPERANÇA DO SERTANEJO
No meu sertão nordestino
Na minha voz embolada
Correndo desde menino
Brincando nessas estrada
Que liga o sim ao destino
No verão ou invernada
Trazendo pela raiada
Manha desse desatino
Tocando qual fosse sino
Nas badalada, no ninho.
Vou morrendo mais sozinho
Do que jamais sonhei ser
Nesse trato das tratantes
Na farsa desses farsantes
Na boca desses amantes
Que me fizeram bem antes
Do que promete, meu pai,
Quando me chama de filho
Mesmo que o tempo andarilho
Me trouxesse o descarrilo
Do trem da vida penando
Procuro por outro trilho
Nada disso vou achando
Vi muita gente sofrida
Criança morta perdida
Nos colo das mãe chorosa
Vi nesses dedo de prosa
Os conto mais sofredor
De quem já sonhou amor
E nada mais encontrou
Senão o destino vazado
Desse amor desencontrado
Cheiro de sangue escoado
Pelo rumo mal traçado
Pela dor dos sem atino
Pelo gosto da miséra
Na mordida dessa fera
Que agarra prende sem tino
Não deixa andar e te emperra
Deixa mais distante a terra
Que lá longe se adivinha
No caixãozinho levado
O corpo dos desgraçado
Que a fome e a seca matou
Do resto que me restou
Dos filho que a vida deu
E a injustiça me levou
Só me resta essa lembrança
Dos moleque tão criança
Procurando mãe e colo
Dormindo de junto ao solo
Que tão cedo arrebatou
Por seus olhos eu esmolo
Arrepare em nóis doto
Nossa carne assim exposta
Num é feita nem de bosta
Nem por estar tão exposta
Pode ser cortada em posta
Muita gente bem que gosta
Da mizera assim suposta
Cumo fosse dessas costa
As marca dessa magreza
Dessa nossa dura, tesa
Carne ossada, sem beleza.
Sem tecido nem tristeza
Esse olhar que sem defesa
Mira longe sobre a mesa
Com suor de sobremesa
Amargura sem doçura
A pele se torna escura
Do peito já não se atura
Nessa mais dura armadura
Amarrada em atadura
Sem ter luz nem formosura
Nem jura nem t’esconjura
Carpindo tanta tortura
No meio desse sertão
Que a fome e essa precisão
Sempre disseram o não
Sempre nessa maldição
Sem se ter direito ao chão
Nem saber se já virão
Os dias da salvação
Nas reza pra São João.
Nas oferta da beata
No triste sol que maltrata
Dessa dor que me arrebata
Queimando toda essa mata
Do que sobra, na cascata.
Feita de choro arremata.
Estrangula, prende a pata.
Machuca a pele mulata,
Os olhos verdes sem tino
Procurando seu destino
Num único desatino
O gosto mais assassino
De quem deixou o menino
De fome ir-se já partino
Devagar vai se esvaino
Nesse mundo, pequenino
A morte dessa criança
É a morte d’esperança
E o início da lembrança
Que por onde a vista alcança
Essa dança é a mesma dança
Que não deixa contradança
De repetir não se cansa
Quem quer que quiser, avança,
Traga novidade ao peito
Que por favor, e respeito.
É preciso olhar direito
Esse povo insatisfeito
Com o rosto bem mais desfeito
Esperando pelo jeito
De ter bem mais que seu leito
De morte por triste sina
De morrer gente menina
De sangrar a nordestina
Alma, sempre tão cristalina,
Tendo por mão assassina
Quem atravessa, surdina,
As esperança capina,
Essas ave de rapina
Que vive só de explorar
O povo desse lugar
Que não tem mais luar
Tá cansada de esperar
Um novo dia chegar
Pra poder ter seu lugar
Lugar ao sol, ser seu mar
Um belo de sufocar,
Mas esse dia num vem
Pra ajudar num tem ninguém
Pra roubar tem mais de cem
Sem ninguém querer seu bem
Teimosia sem vintém
A esperança nesse trem
Que partiu com mais alguém
Num suspiro desse Amém!
Mas, no mei da terra fula
Mesmo com gente mais chula
Gente que tem tanta gula
Impedindo o que pulula
Esperança que me adula
Vou montado nessa mula
Nesse mar que tanto ondula
Nosso presidente Lula,
Que sabe nosso desejo
Que conhece esse lampejo
Dos óio do sertanejo
Que traz na mão esse beijo
Ouvido num realejo
E que tem muito traquejo
Nesse cabra também vejo
O brilho do nosso cortejo.
Pois então seu presidente
Pode contar com a gente
Que essa gente diferente
Deixou o povo doente
Criou um tanto demente
Essa gente que não sente
Sem conhecer ou somente
Querer assim de repente
Que a gente possa dar crença
Que nos tempo de doença
Eles acham que inocença
É em nois uma potença
Mais num sabe que nóis pensa
Que nóis quer que quem mais vença
É quem nos deu a valença
E perciso que convença.
Terminando minha fala
O meu coração se estala
Achando quem me regala
Quem abriu assim a sala
Quem me tirou da senzala
Quem desfez assim a mala
Amarga mala que cala
Pra quem aprendeu amá-la
Liberdade conseguida
O bem maior dessa vida
A esperança que resvala
Nessa vida mais comprida
Minha dor, para acalmá-la,
Numa bela despedida
Essa luz vou encontrá-la
Só naquele que decida
Saber mais o meu desejo
Esse homem sertanejo
Para quem meu peito adula
Essa luz esse lampejo
É com bravura esse pejo
É nesse home que eu vejo
Tudo o que eu mais almejo
Nesse cabra que é o LULA.
O sertanejo de fé
Que sabe meter a colher
E resolver as lambança,
Trazendo a toda criança
O delírio dessa dança
A quem chamam: ESPERANÇA!
Na minha voz embolada
Correndo desde menino
Brincando nessas estrada
Que liga o sim ao destino
No verão ou invernada
Trazendo pela raiada
Manha desse desatino
Tocando qual fosse sino
Nas badalada, no ninho.
Vou morrendo mais sozinho
Do que jamais sonhei ser
Nesse trato das tratantes
Na farsa desses farsantes
Na boca desses amantes
Que me fizeram bem antes
Do que promete, meu pai,
Quando me chama de filho
Mesmo que o tempo andarilho
Me trouxesse o descarrilo
Do trem da vida penando
Procuro por outro trilho
Nada disso vou achando
Vi muita gente sofrida
Criança morta perdida
Nos colo das mãe chorosa
Vi nesses dedo de prosa
Os conto mais sofredor
De quem já sonhou amor
E nada mais encontrou
Senão o destino vazado
Desse amor desencontrado
Cheiro de sangue escoado
Pelo rumo mal traçado
Pela dor dos sem atino
Pelo gosto da miséra
Na mordida dessa fera
Que agarra prende sem tino
Não deixa andar e te emperra
Deixa mais distante a terra
Que lá longe se adivinha
No caixãozinho levado
O corpo dos desgraçado
Que a fome e a seca matou
Do resto que me restou
Dos filho que a vida deu
E a injustiça me levou
Só me resta essa lembrança
Dos moleque tão criança
Procurando mãe e colo
Dormindo de junto ao solo
Que tão cedo arrebatou
Por seus olhos eu esmolo
Arrepare em nóis doto
Nossa carne assim exposta
Num é feita nem de bosta
Nem por estar tão exposta
Pode ser cortada em posta
Muita gente bem que gosta
Da mizera assim suposta
Cumo fosse dessas costa
As marca dessa magreza
Dessa nossa dura, tesa
Carne ossada, sem beleza.
Sem tecido nem tristeza
Esse olhar que sem defesa
Mira longe sobre a mesa
Com suor de sobremesa
Amargura sem doçura
A pele se torna escura
Do peito já não se atura
Nessa mais dura armadura
Amarrada em atadura
Sem ter luz nem formosura
Nem jura nem t’esconjura
Carpindo tanta tortura
No meio desse sertão
Que a fome e essa precisão
Sempre disseram o não
Sempre nessa maldição
Sem se ter direito ao chão
Nem saber se já virão
Os dias da salvação
Nas reza pra São João.
Nas oferta da beata
No triste sol que maltrata
Dessa dor que me arrebata
Queimando toda essa mata
Do que sobra, na cascata.
Feita de choro arremata.
Estrangula, prende a pata.
Machuca a pele mulata,
Os olhos verdes sem tino
Procurando seu destino
Num único desatino
O gosto mais assassino
De quem deixou o menino
De fome ir-se já partino
Devagar vai se esvaino
Nesse mundo, pequenino
A morte dessa criança
É a morte d’esperança
E o início da lembrança
Que por onde a vista alcança
Essa dança é a mesma dança
Que não deixa contradança
De repetir não se cansa
Quem quer que quiser, avança,
Traga novidade ao peito
Que por favor, e respeito.
É preciso olhar direito
Esse povo insatisfeito
Com o rosto bem mais desfeito
Esperando pelo jeito
De ter bem mais que seu leito
De morte por triste sina
De morrer gente menina
De sangrar a nordestina
Alma, sempre tão cristalina,
Tendo por mão assassina
Quem atravessa, surdina,
As esperança capina,
Essas ave de rapina
Que vive só de explorar
O povo desse lugar
Que não tem mais luar
Tá cansada de esperar
Um novo dia chegar
Pra poder ter seu lugar
Lugar ao sol, ser seu mar
Um belo de sufocar,
Mas esse dia num vem
Pra ajudar num tem ninguém
Pra roubar tem mais de cem
Sem ninguém querer seu bem
Teimosia sem vintém
A esperança nesse trem
Que partiu com mais alguém
Num suspiro desse Amém!
Mas, no mei da terra fula
Mesmo com gente mais chula
Gente que tem tanta gula
Impedindo o que pulula
Esperança que me adula
Vou montado nessa mula
Nesse mar que tanto ondula
Nosso presidente Lula,
Que sabe nosso desejo
Que conhece esse lampejo
Dos óio do sertanejo
Que traz na mão esse beijo
Ouvido num realejo
E que tem muito traquejo
Nesse cabra também vejo
O brilho do nosso cortejo.
Pois então seu presidente
Pode contar com a gente
Que essa gente diferente
Deixou o povo doente
Criou um tanto demente
Essa gente que não sente
Sem conhecer ou somente
Querer assim de repente
Que a gente possa dar crença
Que nos tempo de doença
Eles acham que inocença
É em nois uma potença
Mais num sabe que nóis pensa
Que nóis quer que quem mais vença
É quem nos deu a valença
E perciso que convença.
Terminando minha fala
O meu coração se estala
Achando quem me regala
Quem abriu assim a sala
Quem me tirou da senzala
Quem desfez assim a mala
Amarga mala que cala
Pra quem aprendeu amá-la
Liberdade conseguida
O bem maior dessa vida
A esperança que resvala
Nessa vida mais comprida
Minha dor, para acalmá-la,
Numa bela despedida
Essa luz vou encontrá-la
Só naquele que decida
Saber mais o meu desejo
Esse homem sertanejo
Para quem meu peito adula
Essa luz esse lampejo
É com bravura esse pejo
É nesse home que eu vejo
Tudo o que eu mais almejo
Nesse cabra que é o LULA.
O sertanejo de fé
Que sabe meter a colher
E resolver as lambança,
Trazendo a toda criança
O delírio dessa dança
A quem chamam: ESPERANÇA!
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