SONETO
Quer calar teu canto, meu amigo.
Querem sangrar teus sonhos e esperanças
Acreditam que, em ti, vive o perigo.
Temem a tua glória de crianças
Temem mais que isso tudo, o belo brilho,
Na trilha, teus pés marcam tuas lutas,
As velhas lutas; viva teus filhos,
Presas, outrora, fáceis das astutas.
Raposas velhas, sádicas, cruéis;
Que, destroçando sonhos, matam vida.
Devoram tudo, nem restam anéis.
Querem-te morto e cego; sofrida.
Curva de estrada triste, de viés.
Na guerra santa, bela e aguerrida.
Querem sangrar teus sonhos e esperanças
Acreditam que, em ti, vive o perigo.
Temem a tua glória de crianças
Temem mais que isso tudo, o belo brilho,
Na trilha, teus pés marcam tuas lutas,
As velhas lutas; viva teus filhos,
Presas, outrora, fáceis das astutas.
Raposas velhas, sádicas, cruéis;
Que, destroçando sonhos, matam vida.
Devoram tudo, nem restam anéis.
Querem-te morto e cego; sofrida.
Curva de estrada triste, de viés.
Na guerra santa, bela e aguerrida.
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