Por que perdemos a Copa de 1982, por João Polino
Estamos no ano de 1982. A Seleção Brasileira de futebol parece ser imbatível.
Os primeiros jogos foram tranqüilos. As vitórias convincentes fizeram todo o povo brasileiro comemorar.
Menos João Polino. Este estava desconfiado e cabisbaixo.
Vieram as quartas de final. A Argentina, como sempre nossa principal rival iria jogar contra a Itália.
Lembremos de uma coisa. A Itália tinha sido segundo lugar no seu grupo, com três empates: contra Polônia, Peru e Camarões. Classificara-se por ter feito um gol a mais que a equipe camaronesa.
Argentina e Itália, o Brasil todo torcendo pela Argentina, menos João Polino.
Dois a um para a Itália e foguetório, agora era pegar a Argentina e partir com tudo contra a Itália, depois correr para o abraço.
Brasil e Argentina foi tranqüilo, três a um com direito a olé e tudo.
Que venham os italianos...
Naquela altura do campeonato, todos eufóricos. João Polino calado.
Vieram as apostas e, incrivelmente João Polino acertou o bolão. Sozinho...
Os três a dois da Itália foram, talvez, a maior zebra das Copas do Mundo, menos para João.
Perguntado sobre porque acertara o placar, contra todas as previsões, João Polino foi taxativo:
“Eu sabia. Desde o momento em que o Telê convocou a seleção eu sabia que não ia dar certo.”
Curiosos, perguntaram ao velho futebolista qual era o erro da convocação.
João respondeu, de bate pronto:
“Esse teimoso do Telê não convocou aquele menino”.
Ah. Realmente o Reinaldo fez muita falta.
Ao que João respondeu finalizando o assunto ;
“Que Reinaldo que nada, estou falando daquele menino, o Zagalo!”
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