Redondilhas
Quando o brilho dessa lua
Clareia todo sertão
A verdade surge nua
Em forma de assombração.
Correndo pelas estradas
Acompanhando o luar
No meio das madrugadas
Num grito de apavorar,
Ao longe se ouve distante
O latido doloroso
Esse ladrar inconstante
Assustando, pavoroso
Quem cruzasse no caminho
Quem tentasse andar sozinho
Pelas trilhas dessa terra,
Travando sempre essa guerra,
Entre vivente e defunto
Nessa luta, tudo junto
Se confunde na batalha,
Mesmo que você atalha
Por outro rumo ou estrada
Não adiantará de nada
Você não pode escapar.
Se não vier lobisomem
Outro poderá chegar
Meio bicho meio homem.
Nessa mata sem ninguém
Mula sem cabeça vem
Procurando devorar
A quem puder encontrar.
Mas, me contam e acredito
No meio de tanto maldito
Outra coisa perigosa
É gente cheia de prosa,
No meio desses fordunços
Trabalha prá coronel
Sem pena, manda pro céu.
Essa turma de jagunços.
O povo do meu sertão
Vive toda ameaçada
Bastar dizer um só não
Ou então precisa nada.
Na ponta de uma peixeira
Ou na mira de um fuzil,
De sangue, mancham a bandeira
Envergonham o Brasil.
Clareia todo sertão
A verdade surge nua
Em forma de assombração.
Correndo pelas estradas
Acompanhando o luar
No meio das madrugadas
Num grito de apavorar,
Ao longe se ouve distante
O latido doloroso
Esse ladrar inconstante
Assustando, pavoroso
Quem cruzasse no caminho
Quem tentasse andar sozinho
Pelas trilhas dessa terra,
Travando sempre essa guerra,
Entre vivente e defunto
Nessa luta, tudo junto
Se confunde na batalha,
Mesmo que você atalha
Por outro rumo ou estrada
Não adiantará de nada
Você não pode escapar.
Se não vier lobisomem
Outro poderá chegar
Meio bicho meio homem.
Nessa mata sem ninguém
Mula sem cabeça vem
Procurando devorar
A quem puder encontrar.
Mas, me contam e acredito
No meio de tanto maldito
Outra coisa perigosa
É gente cheia de prosa,
No meio desses fordunços
Trabalha prá coronel
Sem pena, manda pro céu.
Essa turma de jagunços.
O povo do meu sertão
Vive toda ameaçada
Bastar dizer um só não
Ou então precisa nada.
Na ponta de uma peixeira
Ou na mira de um fuzil,
De sangue, mancham a bandeira
Envergonham o Brasil.
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