Amiga
Minha amiga, vida e mar, amar a vida em ti é tudo. Mudo e contrafeito, feito de cada momento, novo tempo e pesadelo.
No novelo em que me envolvem teus lábios, olhares e alma. Calma e chama, chamando por ti.
Amiga, no amargo âmago de cada dia, num novo amor, acidez e luto.
No culto a tudo que invade e persevera, na vera mansidão onde houvera sido o precipício e o meu vazio cálice.
O ápice e a parcimônia, a embriaguez do nada, de nada, contudo...
Vindo o passo, contradança e pasmo, a esmo.
Meu amor esbarra em teus pés, alados e cansados com os vôos incessantes. Mas claudicas, mendigo e me negas, refutas e maltratas.
Sem querer me matas a cada instante, onde não tenho-te e te teimo.
Onde queimo e me destruo, num uno que pretendo duo.
No nada que queria tanto, num esmo que seria canto, meu solo que, em não, erosões transformas...
Na transparência que desfilas, na languidez que me definhas, nas artimanhas que não percebes e usas.
A blusa entreaberta, desperta, acende e pulveriza.
A brisa que emanas, a astúcia que não percebes, delícia e pelúcia.
Amiga, quisera amante; antes e ante tudo, vago por ondas que produzes com as luzes que emites e remetes, confetes e serpenteantes serpentinas do teu andar audacioso e delicado.
Meu fado, meu enfado e fardo. Meu amor risonho e sorrateiro, um último cigarro no cinzeiro, derradeiro e fátuo.
No umbral da janela, onde te vejo, distante e solitária, a esmo, olhares soltos e vadios; adivinho o vinho que não tomarei.
Olhares que não serão meus, ateus, teus olhos procuram por um deus...
Um deus que mal sabes e nem te concebe, que segue outra trilha, noutra ilha, noutro mar.
Amar, armas e almas conjugadas; no fim serão mais nada, ainda nadas em águas com algas que não as minhas...
As unhas arrancam e cravam, travam os meus segredos. Meus medos inundando toda mansidão.
Teu não é, enfim, minha queda. Ácida queda...
Que há de ti? Onde estarias se fosses minha. Minha amiga...
Perigo são teus lábios, ócios e ósculos, oráculos...
As máculas onde calculas minhas mágoas estariam, são as máscaras que uso, abuso e, confuso, o fuso perdi...
Paridas as lágrimas, últimas que derramo, te amo, amiga...
Perdoe a dor e a doença, a luz e a crença, não quero pena e recompensa, apenas que me entendas, estendas a mão e não canses...
Te amar é atar os nós, os pós escondidos nos calçados, após a jornada.
Agora, a hora é embora, partida.
Tida como vida, a lida não espera e grita.
Rito, rituais e tais atos. O contato satisfaz.
Ser feliz é por um triz.
Da vida, pedir bis.
Mas, bisonho, sonho, nada mais...
No novelo em que me envolvem teus lábios, olhares e alma. Calma e chama, chamando por ti.
Amiga, no amargo âmago de cada dia, num novo amor, acidez e luto.
No culto a tudo que invade e persevera, na vera mansidão onde houvera sido o precipício e o meu vazio cálice.
O ápice e a parcimônia, a embriaguez do nada, de nada, contudo...
Vindo o passo, contradança e pasmo, a esmo.
Meu amor esbarra em teus pés, alados e cansados com os vôos incessantes. Mas claudicas, mendigo e me negas, refutas e maltratas.
Sem querer me matas a cada instante, onde não tenho-te e te teimo.
Onde queimo e me destruo, num uno que pretendo duo.
No nada que queria tanto, num esmo que seria canto, meu solo que, em não, erosões transformas...
Na transparência que desfilas, na languidez que me definhas, nas artimanhas que não percebes e usas.
A blusa entreaberta, desperta, acende e pulveriza.
A brisa que emanas, a astúcia que não percebes, delícia e pelúcia.
Amiga, quisera amante; antes e ante tudo, vago por ondas que produzes com as luzes que emites e remetes, confetes e serpenteantes serpentinas do teu andar audacioso e delicado.
Meu fado, meu enfado e fardo. Meu amor risonho e sorrateiro, um último cigarro no cinzeiro, derradeiro e fátuo.
No umbral da janela, onde te vejo, distante e solitária, a esmo, olhares soltos e vadios; adivinho o vinho que não tomarei.
Olhares que não serão meus, ateus, teus olhos procuram por um deus...
Um deus que mal sabes e nem te concebe, que segue outra trilha, noutra ilha, noutro mar.
Amar, armas e almas conjugadas; no fim serão mais nada, ainda nadas em águas com algas que não as minhas...
As unhas arrancam e cravam, travam os meus segredos. Meus medos inundando toda mansidão.
Teu não é, enfim, minha queda. Ácida queda...
Que há de ti? Onde estarias se fosses minha. Minha amiga...
Perigo são teus lábios, ócios e ósculos, oráculos...
As máculas onde calculas minhas mágoas estariam, são as máscaras que uso, abuso e, confuso, o fuso perdi...
Paridas as lágrimas, últimas que derramo, te amo, amiga...
Perdoe a dor e a doença, a luz e a crença, não quero pena e recompensa, apenas que me entendas, estendas a mão e não canses...
Te amar é atar os nós, os pós escondidos nos calçados, após a jornada.
Agora, a hora é embora, partida.
Tida como vida, a lida não espera e grita.
Rito, rituais e tais atos. O contato satisfaz.
Ser feliz é por um triz.
Da vida, pedir bis.
Mas, bisonho, sonho, nada mais...
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