Ao grande amor de minha vida...
Interessante isso tudo, contra todas as convenções sobre amor, eu ainda te quero, e muito.
Não de um querer explícito e egoísta, desses que a vida, normalmente nos apresenta.
Muito estranhamente, te quero.
Bem sei que estás feliz e que nem te lembras mais nem de mim e nem do que vivemos.
Pode ser, até, que para ti não tenha sido algo de maior importância. Éramos tão crianças; e isso talvez tenha sido decisivo para que eu não te esquecesse.
Casei, descasei, fui feliz, chorei, me desesperei, gozei os prazeres e as dores que a existência traz.
Mas tua presença ficou sempre, como se fosse um pano de fundo para que a vida transcorresse.
Volta e meia, principalmente nas horas mais angustiantes, brilhavas, tornavas a brilhar, diminuías o brilho, mas nunca apagaste.
Estrela constante e salvadora...
Eu te amo isso é bastante, e me satisfaz plenamente.
Não, eu bem sei que não serás minha e nem quero isso.
Poderia ofuscar a luz de um tempo que foi meu, e de mais ninguém.
Teus beijos ainda alimentam a alma. A calma e a doçura que transmites são as pilastras que fazem a minha vida seguir.
Transcorrer como o rio manso que terminará no mar, inevitavelmente.
Isso és a margem que faz com que eu possa ter a segurança de seguir sem medos. A dor pode vir, a solidão nunca virá. Existes em mim de forma insubstituível e imortal.
Não sei se lerás isso ou se meu canto chegará aos teus ouvidos; pouco importa, nada importa para mim a não ser saber que te tive.
Que tive tua boca, teus olhos, teus seios, tua ânsia de viver e a primavera de uma mulher maravilhosa, que perdi no verão e que hoje, no outono, me dá a garantia de que o inverno pode chegar sem pânicos, sem medos, indolor...
Não digo e nem direi teu nome, só a mim ele pertence, nem quero te reencontrar, isso não mais é meu, foi a fotografia do que vivemos que se perpetuou num negativo sempre revelado pela alma. Minha alma, minha calma, sem chama, brasa que alimenta a vida...
Quando me falam de ti, não ouço, nem pretendo ouvir, poderia macular a imagem perpetuada, santa imagem que venero, estás no meu oratório, és meu santuário.
Ah, és a saudade doce e serena, a saudade do que, mais que tudo, fui.
Bem sei que és o reflexo de minha juventude, espelhas a vida sem marcas, a alma sem sofrimentos, o gosto delicioso do que já não mais sou e nem nunca serei.
Na verdade, não sei se te amo. Bem sei que o que amo em ti, sou eu, um eu morto e esquecido num canto qualquer.
Arquivada em minha história, mas plena a cada instante em que busco ser feliz.
Nunca me abandonarás, bem sei. E essa certeza que me faz seguir em frente. Sem medo da vida, sem medo da morte, com um álibi maravilhoso para continuar a minha existência...
Não de um querer explícito e egoísta, desses que a vida, normalmente nos apresenta.
Muito estranhamente, te quero.
Bem sei que estás feliz e que nem te lembras mais nem de mim e nem do que vivemos.
Pode ser, até, que para ti não tenha sido algo de maior importância. Éramos tão crianças; e isso talvez tenha sido decisivo para que eu não te esquecesse.
Casei, descasei, fui feliz, chorei, me desesperei, gozei os prazeres e as dores que a existência traz.
Mas tua presença ficou sempre, como se fosse um pano de fundo para que a vida transcorresse.
Volta e meia, principalmente nas horas mais angustiantes, brilhavas, tornavas a brilhar, diminuías o brilho, mas nunca apagaste.
Estrela constante e salvadora...
Eu te amo isso é bastante, e me satisfaz plenamente.
Não, eu bem sei que não serás minha e nem quero isso.
Poderia ofuscar a luz de um tempo que foi meu, e de mais ninguém.
Teus beijos ainda alimentam a alma. A calma e a doçura que transmites são as pilastras que fazem a minha vida seguir.
Transcorrer como o rio manso que terminará no mar, inevitavelmente.
Isso és a margem que faz com que eu possa ter a segurança de seguir sem medos. A dor pode vir, a solidão nunca virá. Existes em mim de forma insubstituível e imortal.
Não sei se lerás isso ou se meu canto chegará aos teus ouvidos; pouco importa, nada importa para mim a não ser saber que te tive.
Que tive tua boca, teus olhos, teus seios, tua ânsia de viver e a primavera de uma mulher maravilhosa, que perdi no verão e que hoje, no outono, me dá a garantia de que o inverno pode chegar sem pânicos, sem medos, indolor...
Não digo e nem direi teu nome, só a mim ele pertence, nem quero te reencontrar, isso não mais é meu, foi a fotografia do que vivemos que se perpetuou num negativo sempre revelado pela alma. Minha alma, minha calma, sem chama, brasa que alimenta a vida...
Quando me falam de ti, não ouço, nem pretendo ouvir, poderia macular a imagem perpetuada, santa imagem que venero, estás no meu oratório, és meu santuário.
Ah, és a saudade doce e serena, a saudade do que, mais que tudo, fui.
Bem sei que és o reflexo de minha juventude, espelhas a vida sem marcas, a alma sem sofrimentos, o gosto delicioso do que já não mais sou e nem nunca serei.
Na verdade, não sei se te amo. Bem sei que o que amo em ti, sou eu, um eu morto e esquecido num canto qualquer.
Arquivada em minha história, mas plena a cada instante em que busco ser feliz.
Nunca me abandonarás, bem sei. E essa certeza que me faz seguir em frente. Sem medo da vida, sem medo da morte, com um álibi maravilhoso para continuar a minha existência...
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