Oportunidades e oportunismo
Alckmin promete início da reforma tributária em janeiro
Maria do Carmo Bauer
CRICIÚMA - O candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB), prometeu neste sábado, 22, para os empresários do Sul de Santa Catarina que a reforma tributária começa em janeiro. Caso eleito, também garante para o início do próximo ano outras duas "espinhosas" reformas: a administrativa e a política.
Essas coisas são incompreensíveis.
Como acreditar numa promessa de um candidato que, durante oito anos teve o poder absoluto sobre o Executivo, o Legislativo e o Ministério Público e não fez absolutamente nada.
As reformas urgentes e necessárias que, durante oito anos do governo tucano estiveram na gaveta, sem que nada se fizesse para aprovar as mudanças necessárias para o melhor andamento da máquina administrativa foram colocadas em segundo plano.
Outras reformas, como a da Previdência foram feitas às duras penas pelo governo atual, sob fogo cerrado e com obstáculos terríveis causados pela oposição.
A própria lei das diretrizes orçamentárias encontra dificuldades gigantescas para ser aprovada, devido a manobras desta mesma oposição.
Por que não foram feitas essas reformas na época em que os tucanos e os pefelistas estavam no poder?
A resposta parece ser meio que óbvia: em primeiro lugar, não havia nem vontade política e nem eram objetivos do Governo FHC, mais preocupado em sucatear e depois liquidar com o patrimônio público e garantir a reeleição e as verbas necessárias para que o governo pudesse “azeitar” o legislativo e manter a “Engavetadoria Geral da República” sob controle.
Muito me conforta saber que Alckmin sabe que essas reformas são necessárias, mas pergunto porque a Oposição sempre as emperrou e não deixou que fossem feitas.
Será que o motivo, quero crer que não, foi simplesmente o de impedir que o país andasse?
Essa tática de “não fazer e impedir que outro faça” é, no mínimo canalha, pois demonstra a incapacidade de ver o bem comum como um objetivo suprapartidário, denotando uma forma absurda de se fazer política.
Em primeiro lugar, temos que analisar o quanto isso é sintomático, a partir do momento em que, simplesmente para se aprovar uma coisa essencial como o FUNDEB, a oposição cerra fileiras com o propósito de impedir a execução de tal medida para que os louros não recaiam sobre o Governo.
Depois, podemos ver que o grupo de Geraldo Alckmin, tendo tido tantas oportunidades de executar essas reformas e não as fazendo, irá as fazer?
Creio que não, acredito firmemente que tais afirmativas do candidato Geraldo, coerentemente, não vejam a oportunidade de fazê-las mas, simplesmente, demonstram o OPORTUNISMO em prometê-las.
Maria do Carmo Bauer
CRICIÚMA - O candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB), prometeu neste sábado, 22, para os empresários do Sul de Santa Catarina que a reforma tributária começa em janeiro. Caso eleito, também garante para o início do próximo ano outras duas "espinhosas" reformas: a administrativa e a política.
Essas coisas são incompreensíveis.
Como acreditar numa promessa de um candidato que, durante oito anos teve o poder absoluto sobre o Executivo, o Legislativo e o Ministério Público e não fez absolutamente nada.
As reformas urgentes e necessárias que, durante oito anos do governo tucano estiveram na gaveta, sem que nada se fizesse para aprovar as mudanças necessárias para o melhor andamento da máquina administrativa foram colocadas em segundo plano.
Outras reformas, como a da Previdência foram feitas às duras penas pelo governo atual, sob fogo cerrado e com obstáculos terríveis causados pela oposição.
A própria lei das diretrizes orçamentárias encontra dificuldades gigantescas para ser aprovada, devido a manobras desta mesma oposição.
Por que não foram feitas essas reformas na época em que os tucanos e os pefelistas estavam no poder?
A resposta parece ser meio que óbvia: em primeiro lugar, não havia nem vontade política e nem eram objetivos do Governo FHC, mais preocupado em sucatear e depois liquidar com o patrimônio público e garantir a reeleição e as verbas necessárias para que o governo pudesse “azeitar” o legislativo e manter a “Engavetadoria Geral da República” sob controle.
Muito me conforta saber que Alckmin sabe que essas reformas são necessárias, mas pergunto porque a Oposição sempre as emperrou e não deixou que fossem feitas.
Será que o motivo, quero crer que não, foi simplesmente o de impedir que o país andasse?
Essa tática de “não fazer e impedir que outro faça” é, no mínimo canalha, pois demonstra a incapacidade de ver o bem comum como um objetivo suprapartidário, denotando uma forma absurda de se fazer política.
Em primeiro lugar, temos que analisar o quanto isso é sintomático, a partir do momento em que, simplesmente para se aprovar uma coisa essencial como o FUNDEB, a oposição cerra fileiras com o propósito de impedir a execução de tal medida para que os louros não recaiam sobre o Governo.
Depois, podemos ver que o grupo de Geraldo Alckmin, tendo tido tantas oportunidades de executar essas reformas e não as fazendo, irá as fazer?
Creio que não, acredito firmemente que tais afirmativas do candidato Geraldo, coerentemente, não vejam a oportunidade de fazê-las mas, simplesmente, demonstram o OPORTUNISMO em prometê-las.
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