Eu vou devorando árvores, pensares
Eu vou devorando árvores, pensares,
Pesadelo feroz sem ter limites.
Nas montanhas terrenas, cãs solares...
Quero sorver demais, meus apetites...
Não consigo levar aos teus altares,
Nem as dores perdão, nem meus convites
Para transmudar nossos céus, luares,
Nem por tantos lugares ond’habites...
A minha serenata não tem rima,
Minha manhã, jamais renascerá.
Minh’alma vai descendo, nada estima,
Eu quero simplesmente ir para o mar,
Mas se o mar já secou, morte vitima,
Não deixando mais nada, nem sonhar...
Pesadelo feroz sem ter limites.
Nas montanhas terrenas, cãs solares...
Quero sorver demais, meus apetites...
Não consigo levar aos teus altares,
Nem as dores perdão, nem meus convites
Para transmudar nossos céus, luares,
Nem por tantos lugares ond’habites...
A minha serenata não tem rima,
Minha manhã, jamais renascerá.
Minh’alma vai descendo, nada estima,
Eu quero simplesmente ir para o mar,
Mas se o mar já secou, morte vitima,
Não deixando mais nada, nem sonhar...
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