domingo, agosto 20, 2006

Nunca mais sentirei tanta saudade

Nunca mais sentirei tanta saudade,
Nem de ti, nem das dores que me trazes,
Caminhando, sozinho, na cidade,
Vou mutante, permito tantas fases.

Qual inseto, crisálida da tarde,
Voarei no futuro, são audazes
Os meus sonhos, buscar felicidade...
De todas migrações, o novo invade...

Eu serei novamente o que perdi,
A larva rastejante que morreu,
Tanto tive, calado estou aqui...

Ressuscito meu cálice no breu.
Trevas, pregas, praguejo; vou a ti.
Pensamento persegue, sigo ateu...