terça-feira, agosto 15, 2006

Quadras

Amores, amizades, alegria,
Palavras que; compondo minha vida,
Traduzem, no meu canto, fantasia,
Deveras, vai seguindo, Aparecida...

Beleza da bondade, beatifica,
Muda meu sofrimento em ser feliz,
Das dores mais cruéis, me santifica
Em tudo que traduzes, Beatriz...

Cabendo certamente meu carinho,
Em tudo que pensei tão cristalina
Quanto fosse capaz, sem ser sozinho,
Das fontes mais felizes és Cristina...

Devendo devedor divino Deus,
Serem os meus segredos sem marquise,
Eu te vejo, reluzes nesses breus,
Me trazes sensações, feliz Denise...

Eu espero esperanças nos teus beijos,
Na vida não sei dor que não se aplaine,
Vivendo, convivendo com desejos,
Te quero, te pretendo, doce Elaine...

Fervem fervores, febre e fogaréu.
Minha vida, transcorre vai mais branda,
Quando estou procurando azul do céu,
Somente encontrarei a ti, Fernanda...

Gosto gesto gozando gota a gota,
A toda solidão a vida impele,
Mas quando, a solidão queimando, rota,
Recolho-me aos braços de Gisele...

Horas horrores, honra e homenagens,
A quem a vida amou, serena brisa,
Não quero mais saber dessas paragens,
Distantes dos teus olhos, Heloisa...

Instantes imortais, idolatria;
Dessas noites passadas tão insone,
Que nunca mais parece, vem o dia,
Noites brancas, sozinho, sem Ivone...

Jogos jamais jogados, jogatina...
No tabuleiro-vida que me engana,
Sabendo ter teu jeito de menina,
Sabendo ser teu homem, Ó Joana...

Liberdade levando leve luz,
Descanso em meu brinquedo de pelúcia,
Buscando tanto brilho que reluz,
Vivendo por viver, amada Lúcia...

Marcado morredouro mantimento,
Sofrimento passando a ser a tônica
Do que mais poderia ser lamento,
Vou salvo, acreditando só em Mônica!

Nascendo naufragado, néscio não,
Provando essa amargura que venci.
Maltrata devagar meu coração,
Que bate, tresloucado, por Nadir...

Ouvindo ondas ouvi outras ondinas,
Que, por mais igual, nunca se repete
O mar dessas belezas, das meninas,
Que nunca chegariam ser Odete...

Palavras perseguidas plenitude,
Não sabem nem conhecem a delícia,
De ter todo bom senso e atitude,
Que surgem tão somente em ti, Patrícia...

Restam risonhos risos e resquícios,
Desse delicioso amor que agita,
Salvando-me de todos precipícios,
Só quero mergulhar em ti, Ó Rita...

Sabendo sentimentos sem saudade,
Melhor que ti, somente se for clone,
Igual são muito poucas, na verdade...
Sereno, saberei ser teu Simone...

Trazendo tempestades tropicais,
Em meio a tanto canto e mais beleza,
Bebendo, vou tragando e quero mais,
De tudo que vivi em ti, Tereza...

Vivendo vou vencendo vacilantes
Momentos em que tento abrir cratera,
No peito que batia já bem antes
De poder conhecer a bela Vera...