A Segunda Guerra Mundial - João Polino, herói de Santa Martha
Nos idos dos anos quarenta, havia uma ebulição no mundo, a segunda guerra mundial era a notícia em todos os jornais e rádios do país.
A entrada do Brasil na guerra mexia com os brios do nosso amado povo e, em Santa Martha não era diferente.
No único rádio do distrito, que ficava na praça principal, João Polino, ao invés da maioria da população que se espremia para poder ouvir o programa musical de Francisco Alves na Rádio Nacional, se interessava verdadeiramente pelo que ocorria do outro lado do mundo.
Como bom comunista, sem o saber, torcia imensamente pela vitória dos Aliados contra o regime fascista de Mussolini e, principalmente, contra o nazismo alemão.
Nas discussões que se faziam em torno das mesas do principal botequim do distrito, o “Santamartense”, não media palavras e nem conseqüências ao defender o líder russo.
Do outro lado, alguns descendentes de italianos ou de alemães eram as principais vítimas das críticas e comentários do nosso herói.
Até que, um dia, a despeito de todos aqueles que achavam que o jovem era somente um “catador de marra”, ao saber da entrada do Brasil na guerra e a convocação de Voluntários para irem ao combate, não pestanejou.
Entrando em contato com alguns conhecidos, no Rio de Janeiro, se ofereceu para entrar em combate.
Foi um Deus nos acuda; sua irmã, Oracina, estava assustada com tal atitude mais radical do tempestuoso irmão.
Não houve quem o demovesse da idéia, nem mesmo o pároco de Santa Martha, o padre Josias, velho conselheiro do vilarejo.
Ao dizer que havia recebido a confirmação de que tinha sido aceito, João causou verdadeiro clímax entre os habitantes. Não foram poucas as moçoilas que suspiraram frente à possibilidade de, simplesmente, conversar com tal herói.
Num dia frio, daqueles que ninguém esquece, partiu nosso amigo para o Rio de Janeiro, em busca das aventuras que a Europa preparava...
Passados seis meses da viagem, eis que uma notícia caiu como uma bomba em Santa Martha. No domingo, no trem das sete horas, iria chegar de retorno do Velho Continente, o heróico João Polino.
Banda de música na Praça, feriado escolar, todo mundo alvoroçado para recepcioná-lo.
Às sete e meia, pois o trem sempre atrasa, chegou com toda pompa e circunstância, para deleite de toda a população, o nosso Pracinha.
Fogos de artifício e os dobrados tocados no coreto da Praça Santa Bárbara. Os alunos da Escola Municipal, uniformizados, com Dona Louza à frente, reverenciavam o maior herói da história Santamartense.
Depois do rasta-pé que durou a madrugada inteira, João Polino, vivendo como se fosse um sonho, custara a dormir.
No dia seguinte, logo cedo, foi até ao armazém do Seu José Reis, usufruir um pouco da fama.
Ao ser indagado como fora a experiência, João não pestanejou: Que a Guerra estava sendo muito difícil, que tinha matado mais de quarenta alemães, etc. Falara, inclusive, que a Alemanha era muito bonita, e que não tinha dúvidas de que, assim que o povo alemão fosse libertado do nazismo, o país iria se recuperar.
José Reis, quieto, ouvia tudo e nada falava...
Mas, ao perceber que João se referia à Alemanha e não à Itália, estranhou.
-Hei João, quer dizer que a Alemanha é muito bonita? Aonde foi a pior batalha?
-Berlim. Respondeu João Polino, sem pestanejar...
Educadamente José não falou nada, e nem comentou o fato de João ter retornado a Santa Martha com uma morenice de fazer inveja...
A entrada do Brasil na guerra mexia com os brios do nosso amado povo e, em Santa Martha não era diferente.
No único rádio do distrito, que ficava na praça principal, João Polino, ao invés da maioria da população que se espremia para poder ouvir o programa musical de Francisco Alves na Rádio Nacional, se interessava verdadeiramente pelo que ocorria do outro lado do mundo.
Como bom comunista, sem o saber, torcia imensamente pela vitória dos Aliados contra o regime fascista de Mussolini e, principalmente, contra o nazismo alemão.
Nas discussões que se faziam em torno das mesas do principal botequim do distrito, o “Santamartense”, não media palavras e nem conseqüências ao defender o líder russo.
Do outro lado, alguns descendentes de italianos ou de alemães eram as principais vítimas das críticas e comentários do nosso herói.
Até que, um dia, a despeito de todos aqueles que achavam que o jovem era somente um “catador de marra”, ao saber da entrada do Brasil na guerra e a convocação de Voluntários para irem ao combate, não pestanejou.
Entrando em contato com alguns conhecidos, no Rio de Janeiro, se ofereceu para entrar em combate.
Foi um Deus nos acuda; sua irmã, Oracina, estava assustada com tal atitude mais radical do tempestuoso irmão.
Não houve quem o demovesse da idéia, nem mesmo o pároco de Santa Martha, o padre Josias, velho conselheiro do vilarejo.
Ao dizer que havia recebido a confirmação de que tinha sido aceito, João causou verdadeiro clímax entre os habitantes. Não foram poucas as moçoilas que suspiraram frente à possibilidade de, simplesmente, conversar com tal herói.
Num dia frio, daqueles que ninguém esquece, partiu nosso amigo para o Rio de Janeiro, em busca das aventuras que a Europa preparava...
Passados seis meses da viagem, eis que uma notícia caiu como uma bomba em Santa Martha. No domingo, no trem das sete horas, iria chegar de retorno do Velho Continente, o heróico João Polino.
Banda de música na Praça, feriado escolar, todo mundo alvoroçado para recepcioná-lo.
Às sete e meia, pois o trem sempre atrasa, chegou com toda pompa e circunstância, para deleite de toda a população, o nosso Pracinha.
Fogos de artifício e os dobrados tocados no coreto da Praça Santa Bárbara. Os alunos da Escola Municipal, uniformizados, com Dona Louza à frente, reverenciavam o maior herói da história Santamartense.
Depois do rasta-pé que durou a madrugada inteira, João Polino, vivendo como se fosse um sonho, custara a dormir.
No dia seguinte, logo cedo, foi até ao armazém do Seu José Reis, usufruir um pouco da fama.
Ao ser indagado como fora a experiência, João não pestanejou: Que a Guerra estava sendo muito difícil, que tinha matado mais de quarenta alemães, etc. Falara, inclusive, que a Alemanha era muito bonita, e que não tinha dúvidas de que, assim que o povo alemão fosse libertado do nazismo, o país iria se recuperar.
José Reis, quieto, ouvia tudo e nada falava...
Mas, ao perceber que João se referia à Alemanha e não à Itália, estranhou.
-Hei João, quer dizer que a Alemanha é muito bonita? Aonde foi a pior batalha?
-Berlim. Respondeu João Polino, sem pestanejar...
Educadamente José não falou nada, e nem comentou o fato de João ter retornado a Santa Martha com uma morenice de fazer inveja...
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