Quando vou caminhando nas estradas Soneto
Quando vou caminhando nas estradas,
A cada curva, sinto essa presença.
O vento bafejando, vão cansadas,
Minha mãos que queimavam, velha crença:
A de poder sentir; tão amparadas,
Quanto foram. Bem antes que a doença
Abatendo meus dias, invernadas
Mais antigas, cruéis, sem recompensa!
Quando caminho a esmo pelas campinas,
Onde, crianças, fomos sem ter medo,
Nas fontes luminosas, cristalinas,
Por onde tantas vezes, meu degredo,
Sangrando sem saber se nisso atinas,
Guardando, fielmente, meu segredo!
A cada curva, sinto essa presença.
O vento bafejando, vão cansadas,
Minha mãos que queimavam, velha crença:
A de poder sentir; tão amparadas,
Quanto foram. Bem antes que a doença
Abatendo meus dias, invernadas
Mais antigas, cruéis, sem recompensa!
Quando caminho a esmo pelas campinas,
Onde, crianças, fomos sem ter medo,
Nas fontes luminosas, cristalinas,
Por onde tantas vezes, meu degredo,
Sangrando sem saber se nisso atinas,
Guardando, fielmente, meu segredo!
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