Soneto com estrambote - Fechadura
Logo que chegas, vindo de onde vens,
Procuras ao entrar, a fechadura...
A chave introduzindo... Parabéns!
Acertaste sim, mesmo noite escura
Não impediu tal glória! Sei que tens
A mansidão divina da brandura...
Mas, irado, ferido nos teus bens
Ou no brio feroz, tal armadura
Demonstra tua raiva sem sentido!
O que fora brandura se transforma,
A mansidão, deixaste pelo olvido...
Com tanta estupidez, de bruta forma,
Tu tentas penetrar, estás perdido,
Pois logo, sem porque, tudo deforma...
Aquele “bravo” sujeito,
Mais calmo, fica besteiro...
Diz, lá no fundo do peito:
Meu reino por um chaveiro!
Procuras ao entrar, a fechadura...
A chave introduzindo... Parabéns!
Acertaste sim, mesmo noite escura
Não impediu tal glória! Sei que tens
A mansidão divina da brandura...
Mas, irado, ferido nos teus bens
Ou no brio feroz, tal armadura
Demonstra tua raiva sem sentido!
O que fora brandura se transforma,
A mansidão, deixaste pelo olvido...
Com tanta estupidez, de bruta forma,
Tu tentas penetrar, estás perdido,
Pois logo, sem porque, tudo deforma...
Aquele “bravo” sujeito,
Mais calmo, fica besteiro...
Diz, lá no fundo do peito:
Meu reino por um chaveiro!
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