Sextilha - Dos amores que tive, e foram tantos
Dos amores que tive, e foram tantos,
Das mulheres que em sonhos concebi,
Meus dedos, nas carícias, nunca santos,
Tantos planos, enganos, que vivi...
Foram peças cruéis do meu destino,
Matando aos poucos, sonhos de menino...
Nas mais diversas camas, chama ardeu...
Nas mais divinas bocas, naufraguei,
Embora tanta glória se perdeu,
Julgava, tolamente, fosse rei...
Percebo, na tardinha dessa vida,
Que em cada encontro, havia despedida...
Silenciar feroz dessa existência,
A noite s’aproxima, vem inteira,
Procuro noutros braços por clemência,
Encontro a solidão por companheira,
Não quero mais sentir esse bafio,
Nem quero mais lutar, nem desafio.
De todas essas fêmeas tão ingratas,
As almas gêmeas foram simples mito,
A voz cansada, tantas serenatas,
Nem pretendo sonhar, digo e repito.
As tive todas, ‘té de santo véu,
Somente a poesia foi fiel!
Das mulheres que em sonhos concebi,
Meus dedos, nas carícias, nunca santos,
Tantos planos, enganos, que vivi...
Foram peças cruéis do meu destino,
Matando aos poucos, sonhos de menino...
Nas mais diversas camas, chama ardeu...
Nas mais divinas bocas, naufraguei,
Embora tanta glória se perdeu,
Julgava, tolamente, fosse rei...
Percebo, na tardinha dessa vida,
Que em cada encontro, havia despedida...
Silenciar feroz dessa existência,
A noite s’aproxima, vem inteira,
Procuro noutros braços por clemência,
Encontro a solidão por companheira,
Não quero mais sentir esse bafio,
Nem quero mais lutar, nem desafio.
De todas essas fêmeas tão ingratas,
As almas gêmeas foram simples mito,
A voz cansada, tantas serenatas,
Nem pretendo sonhar, digo e repito.
As tive todas, ‘té de santo véu,
Somente a poesia foi fiel!
<< Home