segunda-feira, setembro 11, 2006

Morbidez

Nas mortalhas da sorte, fiz meu lar,
Deixei, como epitáfio, teu sorriso...
Vorazes cicatrizes, foi preciso
O escárnio com que rias, meu pomar...

Rosas despetaladas, espinhar...
Espetáculo sórdido, teu riso,
M’apunhalas;é mórbido e conciso;
Mas, percebo, é assim que sei t’amar!

Nas noctívagas serpes, traz abraço,
Tuas línguas devoram, forte braço,
Nas lambidas ferozes, teu carinho...

As fornalhas, respiros, me derretem.
Os pecados sutis, nos acometem,
Presa fácil, procuro por teu ninho...