terça-feira, novembro 21, 2006

Marina: Oriunda do mar

Marina: Oriunda do mar


Tão distante do mar, meu pensamento voa...
Onde encontrar, meu Deus; um raio de esperança?
Olhando pr’o horizonte a vista não alcança,
Minha alma dolorida, é certo, não perdoa...

No trono desta deusa, um cetro sem coroa;
O marulho inda escuto, esparso, na lembrança.
A vida vai passando, o tempo sempre avança.
Um grito alucinado ao longe inda se ecoa.

Onde está t’a beleza? Espero a formosura
Do olhar que me deixou, em noite mais escura.
A dor é penetrante e me lateja, fina.

O meu mar se revolta em procelas terríveis.
A minha vida perco, em dores invencíveis.
Ungüento que mitiga? Encontra-se em Marina!