terça-feira, novembro 21, 2006

madalena

Madalena: Magnífica, do hebraico cidade de torres, cabelos penteados

O homem guarda a fera, em sua vida cresce;
Na mão que me maltrata, a dura tirania.
Na luz que sempre nega, a fera já rugia.
A mesma mão que bate, a outra me oferece!

A boca que pragueja, esquece-se na prece.
Palavra que consola, a mesma que injuria.
A morte deste amor, é sua fantasia!
O canto que me ofende, a ti ele apetece.

O gosto da derrota; emolduras em glória,
A queda que me corta; em ti, vira vitória.
Depois de tanta dor, a ponte de safena.

Não mais estás aqui, fingiste ser mais nobre.
A vida traça um plano, espero que te cobre.
E quanto a mim, irei na luz de Madalena!