terça-feira, novembro 21, 2006

Salmo 21

Por que desamparaste assim meu Senhor Deus?
Por que estás afastado e não mais me auxilias?
Por que não ouves mais minhas palavras, Pai?
Eu clamo-te de dia, embalde, não mais ouves.
Eu clamo-te de noite, embalde, sem sossego...
Contudo tu és santo, estás entronizado
Sobre todo o louvor que existe em Israel.
Nossos pais já livraste, em ti, pois, confiaram.
Foram salvos, meu Pai, enquanto te clamaram.
Confiaram em ti e não os confundiste.
Porém eu sou um verme, um opróbrio dos homens,
O povo me despreza e todos já se zombam.
Me dizem, Meu Senhor: já que em ti confiei
Que me liberte Pai, pois em ti, meu prazer.
Tu és quem me tiraste e que me preservaste
Desde quando, pequeno, ainda em minha mãe;

A teus braços, lançado és meu Deus desde o ventre.
Não te alongues de mim. Angústia está bem perto
E, meu Pai, meu Senhor, não há quem me acuda!
Os touros de Basã me cercam e rodeiam,
Contra mim, boca aberta assim como o leão
Que despedaça a presa e ruge, violento!
Derramei-me qual água e quebrei os meus ossos!
Meu coração derrete em cera nas entranhas.
Minha força secou qual fora um simples caco.
Tu puseste-me o pó de uma terrível morte.
Rodeado por cães, malfeitores me cercam
Me transpassam os pés e também minhas mãos.
Os ossos posso contar, eles me olham e miram.
Repartem, entre si, todas as minhas vestes.
Mas tu, meu Senhor, não te alongues de mim.
Me socorra, meu Pai, por que és a minha força!
Pai, me livre da espada e do poder do cão,
Da boca do leão e dos chifres do boi.
Anunciarei teu nome a todos os irmãos
E na congregação, eu sempre louvarei:
Vós que temeis a Deus, louvai-o todos vós.
Ó filhos de Jacó, temei, glorificai
Ao Senhor, todos vós, herdeiros de Israel!
Porque não desprezou e nem abominou
Toda aflição do aflito. Nem dele se escondeu.
Pois quando foi clamado ouviu-o, plenamente!
De ti vem meu louvor nessa congregação.
Meus votos, pagarei perante os que te temem.
Os mansos comerão, se fartarão,
Louvarão ao Senhor, aqueles que te buscam.
Que o vosso coração, viva em eternidade.
Nos limites da terra, o teu nome lembrado,
E se converterão, diante do teu nome,
Por todas as nações tu serás adorado.
O domínio é do Pai, e reina sobre todos.
Os grandes desta terra te adorarão, meu Pai.
Os que descem ao pó, os que não retêm vida,
Diante do Senhor, todos se prostrarão!
Futuro o servirá, falar-se-á de ti,
À geração vindoura, em sua plenitude.
Anunciarão ao outro tua justiça
Ao povo que nascer , o que fizeste, Pai,
A todos contarão, será anunciado!