sexta-feira, janeiro 22, 2010

23245

A larva que ontem fui aborto certo
Distante da provável liberdade
E quando em meio ao nada enfim desperto
Não tendo esta palavra que inda agrade

Degrado-me em vazios, sigo incerto
À parte, sinonímia da saudade
O quadro se moldando na verdade
Transfere para mim vulgo deserto.

E perco as minhas bóias; tal naufrágio
Expõe a realidade em limpos pratos.
Os olhos deveriam ser mais gratos

A vida cobra sempre e com seu ágio
Do pouco vejo o nada ressurgindo
No corpo entre quimeras se esvaindo...

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