domingo, janeiro 24, 2010

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À Natureza humana o meu desprezo,
Disformes criaturas deuses criam,
Nos olhos violentos já procriam
O irmão que sendo frágil e indefeso

Sentindo em suas costas todo o peso
Dos vermes que deveras se inebriam
Do sangue de seus pares; descumpriam
As ordens de um Senhor, do amor defeso.

Excêntrico cadáver ambulante
O ser já decomposto, mas falante
Expressando em orgásticas loucuras

Vertentes conflitantes, vida e morte,
Negando ao próprio filho algum suporte,
Nas noites em sangrias e torturas...