domingo, janeiro 24, 2010

23395

Sentindo a vergastada no meu dorso,
As vésperas da morte a dor emana
Um quadro aonde a sorte soberana
Já não suporta mais qualquer esforço,

E quando num espasmo eu me contorço
O rastro da ventura da alma plana
E o gozo do martírio me profana
E a própria realidade; ao fim distorço.

Não posso me furtar e nisto creio,
Aonde houvesse ainda algum centeio
Lavrado com o sangue dos campônios.

Acerco-me das tramas que enveredo,
Vislumbro neste olhar tosco segredo,
Qual fosse legião de vãos demônios...