domingo, janeiro 24, 2010

23386

Acima dos meus ermos, velho teto
Escombros do que fomos nesta sala
Minha alma da ilusão, simples vassala
Buscando em qualquer parte algum afeto.

Nas sendas mais doridas me completo,
Enquanto a dor decerto me avassala
A morte, esta quimera enfim me cala,
Mas nela, um ser vazio, eu me repleto.

Da fétida e terrível podridão
Renascem esperanças, solução?
Quem dera, simplesmente a mesma história...

Ao ver este fantasma destroçá-la
Ignara criatura, nada fala.
Ao fim dos vagos dias, mera escória...