domingo, janeiro 24, 2010

23384

A luz que se sonega em tarde escura
Neblinas esfumaçam a esperança
E quando aos teus vazios a alma lança
O medo que deveras já perdura,

O quadro se mostrando sem moldura,
Aonde encontraria temperança,
Não vejo perspectiva de mudança
A sorte em vagas rotas nega a cura

Mal sinto esta presença que me alente,
Um dia se mostrando atroz e quente
O resto do caminho não perfaço,

Deixando nos espinhos minha pele,
Enquanto a realidade me repele,
Vencido pela dor; pelo cansaço...