domingo, janeiro 24, 2010

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Pudesse dia a dia acreditar
Nas ondas que na praia já se esfumam,
As dores tão freqüentes me acostumam
A ter em minhas mãos demônio e altar.

Nas aquarelas várias ao pintar
Belezas que vagueiam e se aprumam,
Diversos dos caminhos em que rumam
Os raios luminosos do luar.

Aos pés de quem desejo, mas não creio
Ainda ser possível ter nas mãos,
Os versos mais audazes; teimo e crio

Crivando o pensamento neste anseio,
Mesmo sabendo serem todos vãos,
O grito solto ao vento, no vazio...