domingo, janeiro 24, 2010

23403

Ao ver a minha imagem, velhos risos
Deveras sem esmero a podridão
Tomando este cenário desde então
Sinais dos dias negros e imprecisos.
Estéreis emoções em vagos frisos,
A carne decomposta, a solidão,
O verme que procura na amplidão
Da sorte os mais sinceros, claros guizos.
Carcaça sendo aberta e o peritônio
Delírio aonde festas diz demônio
Especulares sombras de um fantasma,
Magérrimas imagens que ora crias
Fugazes tais figuras mais sombrias
Apenas o que resta, um vão miasma...