quinta-feira, janeiro 28, 2010

23737

Ainda se pudesse ter saída
No imenso labirinto feito em urzes,
Enquanto no passado vira cruzes
Agora desconheço a própria vida.

A sorte abandonada, ou esquecida
Jamais eu poderia ver as luzes
Por trevas mais obscuras me conduzes
Sabendo que o rancor ainda agrida

Quem vive do passado tão somente
Sonega para o chão; o grão, semente
E tudo não passando de um aborto,

Aonde se pudesse crer na paz
Apenas o vazio já se traz
Negando ao navegante qualquer porto...