sexta-feira, janeiro 29, 2010

23805

No mármore em que é feita a deusa dos meus sonhos
Eternidade traz além de tal beleza
A sorte que pensara, emana esta grandeza
Aonde outrora houvera os dias mais medonhos,

Agora em primavera os sóis deixam risonhos
Caminhos em que a luz qual fora em correnteza
Desfila-se divina e envolta na leveza
Deixando no passado, os medos mais bisonhos...

Ascendo ao infinito, embarco em cada estrela
Alçando a maravilha ao menos por revê-la
Exposta no meu quarto, amante mais febril,

Enlanguescidamente encontro-te desnuda
Minha alma então se cala, e enquanto se faz muda
Formosura em nudez, igual jamais se viu...