sexta-feira, janeiro 29, 2010

23809

Pudesse navegar e ter nas mãos o leme
Naufrágio mais distante; audaz o timoneiro
Que trama em sorte imensa, um sonho em que me inteiro
E nada, nem procela, o navegante teme.

Sem medo nem temor, por mais que já se extreme
Caminho descoberto em céu mais altaneiro
Do solo da esperança apenas passageiro,
Enquanto em poesia a Terra toda treme

Imenso terremoto, amor se revelando,
Aonde imaginara um dia bem mais brando
Tempestuosamente a mente seduzida

Envolta pelo afeto, abraça esta alegria
E enquanto se faz luz, o novo mundo cria
Refaz a cada verso a mansa e bela vida...