sábado, janeiro 30, 2010

23865

A Terra atormentada expressa-se deveras
Envolta em tal neblina a sorte amortalhada
Apenas o vazio aonde se fez nada
Enquanto sigo exposto e enfrento tais quimeras

Aonde poderia haver mais primaveras
Minha alma já vislumbra a noite, a madrugada
Em trevas, solidão; buscando a bem amada
Bem sei que no final, mais nada ainda esperas.

E sigo como fosse um velho timoneiro
Borrasca nunca finda e o tempo se nublando
As aves lá no céu esgueiram-se num bando

E tudo o que pensara agora acontecendo,
A vida traz na morte, a sorte e o dividendo,
E apenas um pedaço o que foi feito inteiro...