sábado, janeiro 30, 2010

23867

Vivendo esta amargura à luz de cada instante
Um velho marinheiro ainda busca um cais
Embora na verdade, eu sei que não tem mais
Sequer ancoradouro, aonde radiante

Divino e fabuloso em dias magistrais
Agora nada vendo; o mundo, este mutante
Aonde se pudera encontrar diamante
Apenas o vazio em que vos transformais

Dizendo desta luta inglória e sem vencidos
Tomando já de assalto embarga meus sentidos
E sei que nada tendo, ao fim amargo fel,

Bebendo da esperança um mel que não sacia,
Encontro tão somente à luz da fantasia
O coração vadio andando sempre ao léu...