sábado, janeiro 30, 2010

23873

Cruel assassinato a cada novo dia,
Assim se espalha a dor e o mundo se perdendo,
Aonde houvera luz, agora se escondendo
Apenas ilusão, amor não se recria,

Viver este momento, estática agonia
Pudesse imaginar o medo como adendo,
Mas hoje numa esquina, o terror eu desvendo
E a noite se tornando eternamente fria.

Pudesse ainda crer na tal humanidade
Que se matando assim, em águas turvas nade
Deixando como herança a Terra inabitável,

Aos poucos que me lêem; perdoem desabafo,
Alexandrino verso, invés do que fez Safo
Um mundo solidário: um tempo memorável...