segunda-feira, fevereiro 01, 2010

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Possível se falar de um amor tolo e mundano
Se tudo o que percebo expressa o fim da vida.
A espécie, do Senhor, a mais nobre e querida,
Volvendo o seu olhar imundo e tão profano

Causando ao próprio Pai, a cada dia um dano?
Bem que eu queria em versos, a aguerrida
Paixão que nos domina e traz adormecida
A fera que se pensa, o ser mais soberano

E expõe o mais divino e belo que inda resta
Na imagem derradeira, amarga e assim funesta
Do ser que se fez dono, apesar de não ser

De toda a Natureza e o que dela se emana,
Primata incoerente, uma alma dita humana,
Hedônico animal, só pensa em seu prazer...