segunda-feira, fevereiro 01, 2010

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Buscando ter na sorte o olhar mais delicado
De quem se fez poeta e tenta estar liberto,
Se o rumo que me deste aos poucos eu deserto
Não posso reclamar ou culpar o meu Fado,

Apenas vou falar o que melhor achado,
Machado em arvoredo é bom ficar esperto,
Não venha me dizer: portão estando aberto
Convite para a fuga, e o que faço sem gado?

Neruda quando fez sonetos em falsete,
Vontade desgraçada é de dar um cacete
Neste chileno imenso, eu sei lá qual motivo

O fez agir assim, preguiça ou simples birra?
Traje de gala, amor; não se amarra co’embira;
Mas deixa isso pra lá, senão disto eu me privo...