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Não há gozo eu bem sei nestes mundanos bares
E neles eu entranho o que fosse prazer,
Sabendo desta sorte, enfim, melhor morrer
Ou tentar prosseguir aonde tu andares.
Porém fazendo assim, das ruas meus altares
Somente a noite fria; ainda eu posso ver
Bebendo da aguardente amarga do sofrer,
Em plena treva busco os brilhos e os luares.
Andasse com ereta e firme compleição,
Quem sabe encontraria, no inverno este verão
Que tanto anseio agora e sei que não virá.
Andante e sem destino, um bêbedo sem rumo,
Se às vezes o meu erro, aceito e até assumo,
Espero em meu futuro, a terra, a enxada e a pá....
E neles eu entranho o que fosse prazer,
Sabendo desta sorte, enfim, melhor morrer
Ou tentar prosseguir aonde tu andares.
Porém fazendo assim, das ruas meus altares
Somente a noite fria; ainda eu posso ver
Bebendo da aguardente amarga do sofrer,
Em plena treva busco os brilhos e os luares.
Andasse com ereta e firme compleição,
Quem sabe encontraria, no inverno este verão
Que tanto anseio agora e sei que não virá.
Andante e sem destino, um bêbedo sem rumo,
Se às vezes o meu erro, aceito e até assumo,
Espero em meu futuro, a terra, a enxada e a pá....
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