terça-feira, fevereiro 02, 2010

24036

Mendigo se arrastando em turvas madrugadas
Um pária necessita algum novo prazer,
E quando mal percebe o que se fez sem ver
As ruas na manhã surgem ensangüentadas.

Demônios entre sóis, luas depravadas
Mergulho neste abismo e ao me entorpecer
Nefasta maravilha encontro e passo a ter.
Deitando neste chão, as pedras, almofadas.

Um libertino audaz, medonho e caricato,
O espelho em desafio, a sorte desacato
E bebo cada gole até que se esvazie

Espasmo reticente, inválido demente
Medonhas emoções a vida já pressente
Enquanto o sangue escorre e a morte eu fantasie.