24510
Cadáver do que fui, e ainda vive
Apodrecendo os sonhos que virão
Transforma qualquer luz, escuridão
E apenas tão somente diz que estive
Tomando da ilusão: fantasmas tive
E sei que na verdade nada são
Senão o meu retrato em podridão,
De uma alma que ora apenas sobrevive.
Não pude decifrar os meus enigmas
E trago dentro em mim velhos estigmas
Estrelas que me guiam e deformam,
Assíduo caminhante do vazio
O quanto ainda quero; eu desafio
Notícias do futuro não informam.
Apodrecendo os sonhos que virão
Transforma qualquer luz, escuridão
E apenas tão somente diz que estive
Tomando da ilusão: fantasmas tive
E sei que na verdade nada são
Senão o meu retrato em podridão,
De uma alma que ora apenas sobrevive.
Não pude decifrar os meus enigmas
E trago dentro em mim velhos estigmas
Estrelas que me guiam e deformam,
Assíduo caminhante do vazio
O quanto ainda quero; eu desafio
Notícias do futuro não informam.
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