sexta-feira, fevereiro 12, 2010

24661

De terras mais longínquas, d’outro chão
Pudera simplesmente além do mar
Ter toda a condição de bem amar
Depois da tempestade de verão
Enquanto meus olhares não verão
Sequer esta beleza a derramar
Encontro a poesia em preamar
Brotando, justifica cada grão
E dele novamente renovada
Refaz o eterno ciclo tudo e nada
Arrefecendo enfim o temporal
O gesto que pareça mais banal
Traduz por tantas vezes o que eu quis
Falar quando pensara estar feliz.