segunda-feira, fevereiro 15, 2010

24820

E o vento da ilusão, tão envolvente
Tomando a nossa vida num instante
Aonde se pudera deslumbrante
Verdade se aproxima e me desmente,
Felicidade inda estando ausente
O vento do passado, delirante
Impede que prossiga e siga avante
Da sorte e do porvir sigo descrente.
Amar e ter nas mãos o meu destino,
E enquanto neste intento eu me alucino
O barco se perdendo em vil deserto,
Manter um cais seguro é o que me importa,
Mas quando vejo assim, distante a porta
Do fim das ilusões, já nos alerto.