segunda-feira, fevereiro 15, 2010

24842

Ao ver a minha sorte já perdida
Depois de tantos anos sem poder
Acreditar no que não quis mais ver
O tempo sem futuro numa ermida
Criada pela angústia, envelhecida
Esta alma que talvez pudesse crer
No quanto se desdenha o próprio ser
Na estátua erroneamente e em vão erguida.

A lucidez se entorna em cada estrela
E quando me preparo para sê-la
Escondo-me deveras deste brilho
E teimo em desvendar qualquer promessa,
Bem antes que esta insânia recomeça
Tropeço em minhas pernas e me humilho.