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Expondo a minha carne em sofrimento
Enternecidas noites não virão,
E quando vejo as chuvas de verão
É delas que ainda creio num alento,
Por mais que se mostrasse em vão tormento
O tempo aonde as horas mostrarão
Que tudo se fizera simples grão
Aonde em solo agreste ainda assento
Sabendo que cevar inutilmente
Colheita tão pequena se pressente
Ou mesmo a solidão da terra nua.
Assisto; um camponês sem esperança
Que à própria insensatez ora se lança,
À história que sem nexo continua.
Enternecidas noites não virão,
E quando vejo as chuvas de verão
É delas que ainda creio num alento,
Por mais que se mostrasse em vão tormento
O tempo aonde as horas mostrarão
Que tudo se fizera simples grão
Aonde em solo agreste ainda assento
Sabendo que cevar inutilmente
Colheita tão pequena se pressente
Ou mesmo a solidão da terra nua.
Assisto; um camponês sem esperança
Que à própria insensatez ora se lança,
À história que sem nexo continua.
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