terça-feira, fevereiro 16, 2010

24862

Joguete das paixões, o que eu quiser
Jamais se mostrará em plenitude,
E mesmo que deveras já se mude
O rosto amargurado da mulher

Transmite este vazio dentro da alma
Arquétipo de um tempo mais feliz,
Se a sorte contra-ataca ou contradiz
Nem mesmo a fantasia mais me acalma.

Escravo das palavras e do sonho,
Não posso nem pretendo mais sabê-lo
Prazer que se tornando um pesadelo,
Aos poucos me entranhando, nele enfronho

Os víveres de um tosco saltimbanco
Que do vazio, o nada, eu alavanco.