terça-feira, fevereiro 16, 2010

24857

Habito os subterrâneos da cidade
Penetrando bueiros da existência
Aonde não encontro resistência
Talvez possa viver tranqüilidade.
Um asqueroso ser em liberdade,
A morte se tornando uma iminência
Do reino dos esgotos, eminência
Figura que decerto não agrade;
Mas luto pela tal sobrevivência
E tendo deste fato consciência
Não temo mais algemas, rompo a grade
Irrompo dos mais pútridos lugares
E quando meramente me notares
Especular retrato da verdade.