segunda-feira, fevereiro 15, 2010

24850

Mergulho o que me resta, inteiro, ali
No pote destroçado em doce e mel
E faço do meu rito o ser incréu
E bebo o que sobrara ou mal perdi,
Acidulando o quanto não vivi,
Esbarro neste barco de papel
Ilusionário rumo traça ao léu
O que roubara ainda agora em ti.

Estraçalhando o bote quero o cais?
E mesmo que quisesse em anormais
Marinhos vis destroços desta herança
Arcaico timoneiro sem timão
Augúrios malfazejos mostrarão
Aonde o desamor ora me lança.