segunda-feira, fevereiro 15, 2010

24844

A morte; eu sei, será tal recompensa
Que tanto me esmerara em conhecer,
A fúria do querer e não poder,
Diversa do que uma alma tola pensa
Expõe a negação feroz e imensa
Do quanto poderia, mas sem ter
Esgota no final o próprio crer
E dele sem saber não há quem vença.
Emergem-se demônios do passado,
O canto que pensara bem cifrado
Exposto nas vitrines, nada diz,
Somente o meu anseio refletindo
O quanto do vazio agora findo
E torna após a festa um infeliz.