CRÔNICAS - DE PERERECAS E ÔNIBUS
Nos idos do começo da década de 90, na minha amada Espera Feliz, morando com a minha primeira esposa e seus filhos, me recordo de um fato inusitado,
Marcos Davi, o mais velho dos meninos, com seus 17 ou 18 anos, não me recordo bem , ao viajar para o Rio de Janeiro, me surgiu com essa, que a memória faz questão de lembrar.
Nos ônibus que faziam a ligação Rio x Espera Feliz, começaram a surgir, do lado do passageiro, um suporte que era usado para colocar copos, latas de refrigerante entre outras coisas. Pois bem, como a viagem era noturna e o coletivo saia da Rodoviária de Espera Feliz às 22:00 e chegava no Rio de Janeiro por volta das 4 horas e meia, a partir de Carangola, apagavam-se as luzes do ônibus para melhor comodidade dos passageiros.
Bem, lá pelas tantas, os passageiros adormecidos, eis que um senhor bem idoso, com seus oitenta e poucos anos, começa a gritar desesperado.
Acenderam-se as luzes do ônibus e os passageiros acordaram assustados com tal gritaria.
Não é que o pobre senhor, desconhecendo a serventia dos “apoios” laterais, não havia colocado a perereca, vulga dentadura no tal buraco?
Então, esclarecido o fato, foi um tal de gente levantando-se de um lado e do outro, procurando pela prótese dentária do desalentado senhor.
E procura pra cá e procura pra lá , até que, lá num dos bancos de trás, já que com o balançar das curvas, a dentadura, fazendo jus ao apelido, tinha pulado para uma das últimas poltronas do ônibus, sob os pés desavisados de um rapaz que dormia, abraçadinho com sua namorada. Ao ver a tão desejada perereca em tal situação, o velho bradando contra o rapaz, acorda-o e, de súbito pega a dentadura e ali mesmo, como se tivesse reencontrado o principal tesouro da vida, recoloca-a na boca, sem ao menos lavá-la e com um ar de indignação misturado com o de satisfação, grita para o motorista:
-Ei, pode seguir viagem que já tou com a perereca na boca!
CAI O PANO RÁPIDO...
Marcos Davi, o mais velho dos meninos, com seus 17 ou 18 anos, não me recordo bem , ao viajar para o Rio de Janeiro, me surgiu com essa, que a memória faz questão de lembrar.
Nos ônibus que faziam a ligação Rio x Espera Feliz, começaram a surgir, do lado do passageiro, um suporte que era usado para colocar copos, latas de refrigerante entre outras coisas. Pois bem, como a viagem era noturna e o coletivo saia da Rodoviária de Espera Feliz às 22:00 e chegava no Rio de Janeiro por volta das 4 horas e meia, a partir de Carangola, apagavam-se as luzes do ônibus para melhor comodidade dos passageiros.
Bem, lá pelas tantas, os passageiros adormecidos, eis que um senhor bem idoso, com seus oitenta e poucos anos, começa a gritar desesperado.
Acenderam-se as luzes do ônibus e os passageiros acordaram assustados com tal gritaria.
Não é que o pobre senhor, desconhecendo a serventia dos “apoios” laterais, não havia colocado a perereca, vulga dentadura no tal buraco?
Então, esclarecido o fato, foi um tal de gente levantando-se de um lado e do outro, procurando pela prótese dentária do desalentado senhor.
E procura pra cá e procura pra lá , até que, lá num dos bancos de trás, já que com o balançar das curvas, a dentadura, fazendo jus ao apelido, tinha pulado para uma das últimas poltronas do ônibus, sob os pés desavisados de um rapaz que dormia, abraçadinho com sua namorada. Ao ver a tão desejada perereca em tal situação, o velho bradando contra o rapaz, acorda-o e, de súbito pega a dentadura e ali mesmo, como se tivesse reencontrado o principal tesouro da vida, recoloca-a na boca, sem ao menos lavá-la e com um ar de indignação misturado com o de satisfação, grita para o motorista:
-Ei, pode seguir viagem que já tou com a perereca na boca!
CAI O PANO RÁPIDO...
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